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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Comunicar é : Esclarecer

A REVELAÇÃO

- Moça, eu gostaria de revelar umas fotos.

- O senhor gostaria de revelar e ampliar um filme ou quer fazer cópias avulsas?

- Ué, não é a mesma coisa?

- Não senhor, deixe eu lhe explicar: o filme pode ser revelado com ou sem cópias. O senhor quer revelação e ampliação?

- Não, não. Eu quero as fotos sem ampliar.

- É que quando o senhor pede as fotos, está pedindo ampliações ou cópias...

- É, acho que entendi...

- Qual é o tamanho das cópias que o senhor gostaria?

- Normal, do tamanho que eu sempre faço.

- 9 x 12 ou 10 x 15?

- É mais ou menos assim...

- Eu acho melhor, o senhor olhar aqui no mostruário.

- É desse tamanho aí.

- Certo, este tamanho é 10 x 15 cm.

- Quanto tempo leva para ficar pronto?

- Uma hora.

- Só isso? Que bom! Posso pagar agora?

- Não! O senhor só paga quando for pegar as fotos.

- Ué, por quê? Você não gosta de dinheiro?

- Não é isso! É que só depois de revelarmos o seu filme, é que vamos saber quantas cópias serão feitas.

- Mas eu não quero cópias mocinha. Eu só quero as fotos.

- Pois é, como eu já lhe expliquei, as fotos são chamadas de cópias ou ampliações.

- Que confusão! Eu não quero cópias: eu só quero os originais. E que história é essa de não saber quanto eu vou pagar? O filme tem 24 fotos...

- Certo, meu senhor, mas é que às vezes algumas poses não saem, ou saem muito escuras e não são cobradas, outras vezes saem mais poses do que a quantidade que o filme indica...

- Não no meu filme, eu não tirei foto com pose. São fotos do meu cachorro Lalau e ele não fez pose nenhuma! Imagina só...

- O senhor não está entendendo: quando eu falo pose, eu quero dizer exposição.

- Também não tem. Essas fotos são do meu cachorro, lá do sítio e ele não foi para nenhuma exposição, moça, ele é vira-lata!

- Eu vou tentar lhe explicar melhor: é chamada de exposição, cada um dos fotogramas do filme. Cada quadro do filme...

- Chiii!!! Agora complicou... Você tem cada nome: cópia, ampliação, quadro, exposição e esse outro agora, como é? Fotograma?...

- Fotograma! É, o senhor tem razão. Às vezes, até eu que trabalho com fotografia, acabo me confundindo.

- Tá certo moça, eu volto mais tarde para pegar as fotos. Tomara que a exposição de cada pose tenha se revelado numa boa cópia.

APENAS A LÍNGUA PORTUGUESA NOS PERMITE ESCREVER ISSO...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos.

Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.

Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los.
Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal.

Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. -Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.

- Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.

Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai.

Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?

Papai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.

Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.

Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios.

Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paul, pereceu pintando...

Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei.

Comunicar é: decifrar...



3M UM D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40: G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3, M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R, 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 4R314.
Entendeu? Não? Sim?
Gostou? Sim? Não?
Então opine aqui em baixo ó...

Férias



Engraçado como a gente se sente em relação às férias, sempre quando está chegando o fim do semestre a ansiedade nos toma(alguns mais do que outros), não aguentamos mais a rotina de estudos, trabalhos, provas...Ufa! Como isso cansa, mas elas estão chegando: AS FÉRIAS! Enfim o merecido descanso, então nos esbaldamos, são viagens, festas, vamos dormir às 4 da manhã e só acordamos às 10:00 (quem sabe às 11:00), afinal “não tô fazendo nada mesmo.”

Mas nem todo mundo fica só na manha nesse período. Tem gente que aproveita para entrar em forma, começar uma dieta, colocar a leitura em dia e até se especializar. Uma dica legal é procurar alguns cursos rápidos que sempre tem nessa época, e se forem na mesma área da nossa formação vale até como horas de atividade complementares.
Mas no final das férias já fica tudo muito chato, e a gente (eu, nesse caso) fica doido para voltar à correria.
Toda essa minha conversa mole é só pra dizer que eu estava morrendo de saudades... Saudade dos colegas, das farras com a galera, das paqueras dos corredores, e acreditem, até dos professores (na boa mestres, rsrsrs).
Então as aulas voltam e começa tudo outra vez, trabalhos, resenhas, provas. E a gente recomeça a reclamar que as férias não chegam nunca. Ô “serzinho” insatisfeito é o tal do aluno.
Enfim, conformemos e mãos a obra pois férias agora, vão demorar meu povo!

*Texto publicado originalmente no blog www.comunicacaolivre.blogspot.com

DO BOM E DO MELHOR(Leila Ferreira)

DO BOM E DO MELHOR(Leila Ferreira)



Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".



Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.



Bom não basta.



O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".



Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante.



Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.



O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.



Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.



Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros!...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.



Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a140, preciso realmente de um carro com tanta potência?



Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acaboucom o espaço do meu quarto?



O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"'?



Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?



Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.



A casa que é pequena, mas nos acolhe.



O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.



O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".



As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo.



O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.



O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.



Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?...

Declaração livre dos direitos das pessoas desobrigadas da felicidade constante.





I - Toda pessoa tem o direito de errar, mesmo que já tenham explicado a ela mil vezes o certo sem que ela tenha entendido,
pois o tempo de compreender e aprender é de cada um.

II - Toda pessoa tem o direito de mudar de ideia, de se contradizer, de voltar atrás, de recomeçar, pois a melhor coisa da vida
é mudar, principalmente nas coisas que a gente pensava serem imutáveis.

III - Toda pessoa tem o direito de chorar, de sentir dor, de soluçar e de ficar com ar melancólico, pois o riso, muitas vezes,
é falso, enganador e insano.

IV - Toda pessoa tem o direito de fazer silêncio, de calar, de não responder, de ficar quieta e não sair tagarelando,
pois no silêncio estão as melhores respostas.

V - Toda pessoa tem o direito de se cansar e de ficar doente, pois o corpo, muito mais sábio que a mente, não é de ferro
e sabe sinalizar a hora de parar.


VI - Toda pessoa tem o direito de enraivecer, de xingar, de esmurrar as paredes, de jogar coisas no chão, de gritar.
Pois, como disse aquele poeta, tem coisas que só o grito consegue dizer.

VII - Toda pessoa tem o direito de perder, pois só quem perde sabe o quão inesquecível e instrutiva pode ser uma derrota.
VIII - Toda pessoa tem o direito de se dar mal nos negócios, de não conseguir lidar com dinheiro, de não querer ser rico,
pois quem tem muito normalmente esquece como é viver com pouco.


IX - Toda pessoa tem o direito de ter medo, pois o medo é um bom anjo da guarda.

X - Toda pessoa tem o direito de duvidar, de perder a fé e de achar que tudo vai dar errado, pois às vezes, tudo dá
errado mesmo e não é culpa de ninguém.


XI - Toda pessoa tem o direito de não saber, pois quem já sabe tudo perde o motivo de viver.


XII - Toda pessoa tem o direito de falar bobagem, pois nem sempre é legal ser inteligente.


XIII - Toda pessoa tem o direito de se esconder, pois todo refúgio é recuperador.

XIV - Toda pessoa tem o direito de se achar o camarada mais ferrado do mundo, pois o problema de cada um é o pior do
mundo para cada um.


XV - Toda pessoa tem o direito de reclamar, pois externar o descontentamento ajuda a gente a pensar sobre ele.

XVI - Toda pessoa tem o direito de desperdiçar uma boa chance, pois mesmo as boas chances, muitas vezes, não chegam em boas
horas.

XVII - Toda pessoa tem o direito de não ser feliz incondicionalmente o tempo todo, pois a infelicidade faz parte da vida.
E é mais feliz quem sabe lidar com ela do que quem a ignora.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sempre quiz...

Sempre quis ser escritora... na época da escola lia livrinhos de romances infato juvenis e mudava os finais que não gostava, escrevia poesias (não era aqueles versinhos tipo “ Se amar é viver vivo porque amo você” não!) Eram versos mesmos, que falavam das angustias, medos e dores de adolescente. Coisas sem sentido hoje, mas que aos 13 anos eram casos de vida ou morte. Alguns exemplos: passar na prova de matemática, dar um jeito de cabular as aulas de educação física sem ficar de recuperação (eu era sempre zero em qualquer esporte com bola kkk); conseguir que o garoto da fileira da frente (um mala, hoje eu vejo) me olhasse..... Há, na quinta série também tinha uma mania que toda a adolescente tem (não ria hein), encher 100 páginas de Dany e fulano de tal se amam. Todas as minhas amigas também faziam e quase sempre os Fulanos de Tal nem sabiam quem a gente era....
Mas enfim, voltemos ao que eu sempre quis. Sempre quis ser escritora e hoje penso se um dia chegarei a ser. Hoje não escrevo mais como antes, quando eu voava alto, tirava os pés do chão e sonhava... Hoje ainda tenho vários sonhos, só não tenho tempo de escrever sobre eles, tenho que escrever sobre problemas sociais, reciclagem de lixo, despoluição, Copa do Mundo, o neto que matou a avó por R$150 para cheirar, política (e quase ficou doida com essa política podre de Brasília. Quem é mesmo o novo presidente da câmara legislativa?) Ufa! Isso tudo só pela manhã, a tarde é exercício, trabalho, pesquisa, passagem, off, diagramação, assessoria, e mais política. Estudar, estudar, estudar.... Cadê o tempo de sonhar?

Sempre quis ser escritora, hoje sou só sonhadora.... quando dá tempo.