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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Crônicas da cidade - Rádio Eldorado - 08/10/2010 - 11h56



Crônicas da cidade
Antonio Penteado Mendonça

Teu sorriso tem qualquer coisa de mágico.
Na época em que as agulhas imantadas ainda não eram cientificamente compreendidas
e apontar sempre na direção da estrela mais brilhante tinha que ter uma explicação divina.
Teu sorriso atrai meus olhos com a força do imã puxando para si um pedaço de ferro.
Mas ele é generoso e ao contrário do imã, reflete os meus olhos para dentro de teus olhos.

Se teu sorriso é mágico, teus olhos são as portas do paraíso.
A certeza da busca pela pedra filosofal.
A possibilidade de todas as possibilidades numa promessa cálida e amiga.
Teus olhos transformam granito em ouro
e ele se espalha rico e denso no brilho profundo que sorrir com tua boca.

Que sei eu de teus olhos?
Eles me engolem.
Me orientam à concentração,
mudam o foco,
fazem mais ricas as flores dos ipês balançando calmas na brisa do pré-começo de primavera.
Você é a deusa da primavera.
Teu sorriso e teus olhos são as chaves com que você abre a porta do esconderijo do céu
e retira dele a estação das flores, dos dias amenos e das tarde gostosas.

Você é a aurora despertando o canto dos sabiás
que tomam de assalto as madrugadas quando ainda é noite
e só um vago clarão começa cortar o horizonte baixo.

Você é o encantamento dos contos de fadas,
a mostrar que as fadas existem e que as histórias de princesas maravilhosas e rainhas más
são tão verdadeiras quanto a falta de certeza dos nossos dias.

Você é a cor do dia invadindo a sala.
A espera materializada.
O avesso feito direito.
Um pedacinho da felicidade dos anjos.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Crônica da Cidade

Antonio Penteado Mendoça.
Rádio Eldorado – 27 de setembro de 2010.


Qualquer pessoa com o mínimo de civilização nas costas ficaria com vergonha do quadro de candidatos aos mais variados cargos nas próximas eleições, mas ficaria com mais vergonha ainda de todo o processo eleitoral. Na forma como dossiês são falsificados, como informações sigilosas vazam sem qualquer controle, como as autoridades fingem que fazem para esconder o que seus amigos fizeram. E mais apavorante ainda é a reação das oposições. Reagem. Mas que saudade do tempo em que os caras-pintadas saiam na rua exigindo o impeachment do então presidente da República. As vozes murmuram baixas, quase com vergonha de exigirem um padrão ético mínimo na condução dos negócios do estado. O cidadão comum está desanimado diante de um quadro moral em que nada do que ele sonhou para os seus filhos se materializa.

Do outro lado, cavalgando na bonança do mundo, o governo continua gastando como se a festa fosse dele e o dinheiro não tivesse uso melhor que pagar as folhas dos amigos dos reis e encarrapitados nos mais altos cargos da nação, recebendo para pagar o desvio do partido.

Será que o povão não vê que não tem volta? Será que não percebem que alguém vai pagar o almoço? O duro é que não. Por isso o Bolsa Família é perfeito. Ele dá esmola, não ensina ninguém a trabalhar. Onde está o presidente que dizia que o importante não era dar o peixe, mas ensinar a pescar? Ou ele foi sempre um blefe? Um engodo com cara de bonzinho, capaz de falar todos os disparates, desde que aumentando o seu poder. Meus Deus!

O pior é que depois dele vai ficar pior.

domingo, 8 de agosto de 2010

Futebol e fama. Quando meninos se sentem deuses



Futebol e fama.
Quando meninos se sentem deuses

Todos sabem que eu, como quase 95% das mulheres brasileiras, não sou nenhuma expert em futebol, mas a gente vê isso na mídia o tempo todo. Não é provado, mas acredito que a mídia brasileira dedica mais manchetes ao esporte do que à política. Então, sempre ouvindo sobre o fiasco da copa do mundo, a demissão do carrancudo Dunga e a contratação do excelentíssimo, competentíssimo, aclamadíssimo ex-treinador do Corinthians, Vossa Excelência, Mano Meneses (ufa!), é impossível ficar à margem do assunto.

Para aprender sobre futebol, a mídia realmente ajuda muito. Só de acompanhar os incontáveis programas e comentários sobre os jogos e rodadas dos campeonatos (sim, porque ver os jogos mesmo não dá, há coisas mais importantes para fazer, como pintar as unhas com esmalte rosa chiclete enquanto se vê o debate dos presidenciáveis), dá para entender a dimensão desse esporte em nosso país e do que seria esse intricado esquema denominado de Campeonato Brasileiro. Um evento que dura quase o ano todo e que toma quase todo o horário das emissoras de TV. MUDAM ATÉ A NOVELA DE HORÁRIO! PODE? ABSURDO! E o impressionante é que eles comentam TODOS os lances de TODOS jogos e reprisam os TODOS os lances polêmicos em câmera lenta e com gráficos em 3D!

É fato que o esporte mais democrático e popular do país mobiliza milhares de pessoas, gera renda, movimentação financeira absurda e garante emprego a milhões de trabalhadores, desde os zeladores dos estádios até especialistas em programação gráfica, passando por preparadores físicos, técnicos exaltados e jornalistas agredidos.

Tanta importância dada a esse esporte por parte da sociedade e da mídia faz com que uma verdadeira rede se forme em torno dos personagens desse cenário. Personagens que por vezes são pouco acostumados a toda a exposição que o mundo futebolístico lhes proporciona.

Na recente convocação dos jogadores para a seleção brasileira feita pelo já citado técnico Mano Menezes, o jogador Paulo Henrique Ganso, do Santos, declarou de forma infeliz que agora a seleção brasileira vai contar com o “Quarteto Fantástico”, comparando os colegas e a si mesmo aos super heróis que vão salvar a seleção do descrédito pós-copa.

Por favor não me entendam mal, realmente os “meninos do Vila”, como a mídia gosta de gritar, são fantásticos. O desempenho do clube na Copa do Brasil e sua consagração com o título não deixam dúvidas quanto à qualidade técnica, tática e sei lá mais o quê dos jogadores, além do incrível bom humor desses garotos. Porém apesar dos dribles e passes fantásticos, não vi nenhum deles correndo em velocidade supersônica em campo. Declarações como a de Ganso demonstram que a mídia tem alguma razão ao chamá-los de meninos.

E como que para confirmar a imagem de meninos inexperientes diante da fama, outro fato polêmico permeou os jogadores do Santos essa semana. O goleiro Felipe ofendeu um torcedor no Twitter, não lembrando ele que é a paixão do torcedor que paga seu salário milionário e que se nos próximos campeonatos o clube não repetir o glorioso feito dessa Copa do Brasil, a fama e o dinheiro adquirido se transformam rapidamente em críticas e esquecimento.

Entretanto não se pode culpar somente a inexperiência pelos “deslizes” dos jogadores, pois caráter é algo que adquirimos ao longo da vida e é formado pela soma de diversos ensinamentos que recebemos. Não dá mesmo para se esperar que meninos 17 ou 18 anos (uns mais, outros menos) que viviam em situação de pobreza não se deslumbrem com a fama repentina e que não se sintam endeusados ao ver que um simples chute no ângulo certo pode levar milhares de pessoas às lágrimas.

Pois bem, pior do que ficar deslumbrado e ofender torcedores é não reconhecer o erro. Foi o que fez o goleiro do Santos ao dizer que JÁ QUE TINHA que se desculpar ele faria isto, mostrando que não se importava nem um pouco com a opinião dos torcedores e só estava se desculpando por pressão dos dirigentes do time. Outro ponto a menos no quesito caráter.

Parece-me que desvio de caráter é moda entre os fantásticos do futebol, há poucos meses só o que se falava era num tal de Imperador, que tomava todas, batia na namorada e fazia apologia ao crime organizado. Um colega de mesmo time, invejoso que só ele, foi além e hoje é acusado de matar a namorada.

Pois muita coisa já se falou sobre o comportamento de jovens jogadores que se perdem em meio à fama e dinheiro. Os clubes deveriam ter um programa de orientação para seus jogadores. Sei que eles tem psicólogos, mas será que eles estão dando conta do recado? Acho que não.

O futebol no nosso país é carreira transformadora na vida de qualquer garoto pobre, capaz de mudar a posição social de uma família inteira. E os jogadores que tem êxito são tidos realmente como super-heróis. Todo garoto quer ser jogador de futebol quando crescer, então os atletas deveriam zelar mais pela sua imagem. Deveriam parar de se preocupar somente com seus próprios umbigos milionários e levar em conta os coraçõezinhos dos fãs.

Muitos jogadores realmente até se preocupam, promovem ações beneficentes e abrem ONGs e escolinhas para os pequenos carentes, porém alguns dão dinheiro para os traficantes e somem com as namoradas. O que esses garotos vão pensar? “Quando eu crescer vou ser jogador de futebol, vou ganhar muito dinheiro e ter muitas namoradas”.


PS. Senhores especialistas em futebol (homens), este é um artigo feito sob ótica feminina, não se assustem com declarações pouco futebolísticas.



PS. Senhores especialistas em futebol (homens), este é um artigo feito sob ótica feminina, não se assustem com declarações pouco futebolísticas.

domingo, 1 de agosto de 2010

Crônicas do 411



Educação encurta distâncias
(Danielle Costa)

Sempre dizemos que o mundo está indo de mal a pior, que a humanidade se corrompeu que ninguém mais tem educação e blá, blá, blá. Esses discursos demagógicos que fazemos quando algo nos dá errado e precisamos desesperadamente jogar a culpa em qualquer um. O que realmente não enxergamos é que o curso que o mundo toma depende muitas vezes de nós e que as coisas darem erradas ou não dependem também do nosso ponto de vista.

Esse pensamento me veio à cabeça depois de uma mudança no trabalho. Sou estagiária de jornalismo e meu turno era de quatro horas diárias, mas há umas duas semanas mudei para seis horas, motivo pelo qual passei a voltar para a casa no ônibus das 14 horas invês da linha costumeira do meio dia. E veja como o ser humano (no caso eu) é. No primeiro dia, assim que peguei o ônibus já fui resmungado, “nossa o motorista é logo o Seu Luis, vou chegar em casa lá pelas cinco”. Meu mau humor nem me deixou notar o simpático Boa Tarde que o motorista me deu.

E assim foi o resto da semana. Como moro em Brazlândia, umas das cidades satélites do DF carinhosamente chamada de O reino de Tão, Tão Distante, chego em casa por volta das quatro horas. Culpa da distância e tenho que dizer, culpa também do Seu Luis. Acontece que o percurso que normalmente é feito em uma hora e vinte minutos, Seu Luiz leva mais de duas horas. Não sou só eu, já vi muitos passageiros resmungando e até xingando o pobre motorista para que ele acelere. E ele? Nem aí. Esse senhor de meia idade não se incomoda com as lamurias dos passageiros, e ao contrário do que pensamos, não fica com raiva das reclamações, ao invés disso, sempre nos recebe com um simpático Boa Tarde e um sorriso afetuoso.

Aqui tenho que fazer um adendo. Seu Luiz é uma espécie em extinção, levando em consideração a falta de educação e mau humor dos outros motoristas, que aceleram mais, porém nos tratam como lixo. Já presencie cenas em que o motorista arranca antes do passageiro terminar de descer, não pára para os idosos e dirigem de forma irresponsável, deixando todos os passageiros em perigo.

Pois bem, só depois de alguns dias passei a notar a amabilidade do lento motorista. Passei a notar que não importa se o passageiro é freqüente (aquele embarga no todo o dia no mesmo horário) ou não, ele sempre tem um sorriso bondoso para todos e trata a todos de forma cordial. Notei que para ele não importa o tempo ou a velocidade que ele passa, mas sim a qualidade dos momentos que vive, mesmos que esses momentos sejam dirigindo um coletivo lotado. Essa constatação fez com a que interminável viagem da Asa Norte até “Brazlonge”, ficasse menor. Bom, menor não. Mas pelo menos mais agradável.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Igrejas evangélicas se multiplicam no Brasil e ameaçam a hegemonia da Igreja católica





O jornalista e correspondente internacional da Rádio Band News FM, Milton Blay cometa matéria do jornal espanhol El País sobre o aumento de evangélicos em todo mundo: “o El País lembra que até 1960 no Brasil os protestantes sempre tinha se mantido a baixo dos 5% mas que nos anos 90 a proporção passou de 9% para 15,5%. Hoje há no Brasil 30 milhões de evangélicos. O Brasil disputa com Alemanha, África do Sul e Nigéria o terceiro lugar no ranking de países com mais protestantes no mundo. O ranking é liderado pelos EUA seguido pelo o Reino Unido. O diretor da maior organização espanoevangélica nos EUA apresenta três motivos para esse sucesso da Igreja Evangélica. Primeiro que para se converter não é preciso mudar a sua cultura, por que o evangelho pode entrar com qualquer sotaque diz ele. Segundo, que a Igreja Evangélica propõe uma relação pessoal com Deus, sem a burocracia religiosa e terceiro que diante das ditaduras militares, a religião ofereceu a liberdade. Outro baluarte evangélico seria o seu papel social como centro de reabilitação para drogados e apoio nas prisões, colégios. Diante da perda de fiéis, por outro lado, Cristoforo Domigues, da Conferência Episcopal Latina Americana opina que mais do que um erro, a Igreja Católica cometeu um pecado de omissão nos países latino americanos, dentre os quais o Brasil. Perguntado sobre a visita de Bento XVI ao Brasil em 2007, que foi interpretada na época como forma de conter as conversões evangélicas, o verídico é unânime: essa visita não serviu para absolutamente nada. Outro fato que parece evidente é que a ótica evangélica reserva para a mulher o papel social de maior destaque e esse aspecto parece ser muito importante não tanto pelo fato de que os pastores também podem ser mulheres, afinal há poucas mulheres pastoras nas igrejas protestantes do Brasil, mas sim pela frequência feminina que contrabalança o machismo. Outro efeito da ascensão do protestantismo é a Renovação Católica. No Brasil, os Carismáticos já representam mais de 20% e muitos líderes latino-americanos de sucesso falam em Jesus. Até mesmo a fraseologia de Hugo Cháves, lembra o jornal, é evangélica. Um fato curioso depois de abrir a tumba de Bolívar o presidente venezuelano citou: “meu Deus, meu Deus, meu Cristo, nosso Cristo, enquanto rezava em silêncio vendo aqueles ossos pensei no Senhor”. A colunista da Band News FM, Mônica Bergamo, lembra: “Chaves fala sempre que não existiu maior socialista que Jesus Cristo. Uma vez eu fiz uma entrevista com o ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, que ficou presa muito tempo, e uma das coisas que ele falou é que a Igreja Católica da prisão estava sempre vazia, nunca havia um padre lá. No entanto, as igrejas evangélicas faziam os cultos sempre, todas as semanas, todos os dias, sempre lotadas e ali os presos encontraram muito conforto.” Para Mônica Bergamo as micro sociedade formadas no interior das igrejas evangélicas também faz com que o número de fiéis aumentem: "Nessa matéria do El País fala sobre a formação de micro sociedades nas quais as pessoas se sentem acolhidas e protegidas e ajudadas. Parece-me que esse é um dos segredos dessas igrejas”. Milton Blay completa: “Na França já há um movimento evangélico. Isso começa a ser importante. Os brasileiros invadiram Portugal literalmente. O número de igrejas evangélicas no país foi multiplicado até por 30 vezes. “É enorme o número de igrejas evangélicas por todas as grandes cidades portuguesas e também por toda a África”.


*** Comentário e opiniãod dos jornalista Miltom Blay e Mônica Bergamo da Rede Band News FM sobre matéria original do Jornla Espanhou El País:
http://migre.me/11aBj

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Megafone Global....


Todo mundo sabe que o Twitter é um megafone gigantesco global onde se fala o que quer. E como um instrumento de exponencialização do que falamos, ele alcança que está por perto. O Twiteiro se comporta como um alguém que sobe ao telhado mais alto e grita todos os seus pensamentos. Alguns desses pensamentos deveriam ficar guardados. Sem aquela velha demagogia de achar que a sinceridade deve sempre ser gritada, para mim sinceridade de mais é falta de educação. Não é falta de educação chegar em uma senhora idosa e dizer que ela está velha? Ou dizer sem nenhum tato a uma amiga que está acima do peso que ela não deveria usar jeans apertados porque fica mais gorda. Então. O twitter também tem a sua netqueta e quando falamos (twitamos) tudo o que nos vem a mente podemos magoar quem não queremos, pessoas que nos seguem por nos achar interessantes... Aqui faço uma paráfrase do velho, manjado, mas sábio provérbio chinês: “Há três coisas na rede que nunca voltam atrás: a flecha lançada, o tweet pronunciado e a oportunidade perdida”.

***Conselho de uma twiterira viciada, mas educada e que já se sentiu ofendida por palavras (tweets) impensadas: Guardem algumas opiniões para si próprio ou você corre o risco de se tornar um twiteiro inconvenientes.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Comunicar é : Esclarecer

A REVELAÇÃO

- Moça, eu gostaria de revelar umas fotos.

- O senhor gostaria de revelar e ampliar um filme ou quer fazer cópias avulsas?

- Ué, não é a mesma coisa?

- Não senhor, deixe eu lhe explicar: o filme pode ser revelado com ou sem cópias. O senhor quer revelação e ampliação?

- Não, não. Eu quero as fotos sem ampliar.

- É que quando o senhor pede as fotos, está pedindo ampliações ou cópias...

- É, acho que entendi...

- Qual é o tamanho das cópias que o senhor gostaria?

- Normal, do tamanho que eu sempre faço.

- 9 x 12 ou 10 x 15?

- É mais ou menos assim...

- Eu acho melhor, o senhor olhar aqui no mostruário.

- É desse tamanho aí.

- Certo, este tamanho é 10 x 15 cm.

- Quanto tempo leva para ficar pronto?

- Uma hora.

- Só isso? Que bom! Posso pagar agora?

- Não! O senhor só paga quando for pegar as fotos.

- Ué, por quê? Você não gosta de dinheiro?

- Não é isso! É que só depois de revelarmos o seu filme, é que vamos saber quantas cópias serão feitas.

- Mas eu não quero cópias mocinha. Eu só quero as fotos.

- Pois é, como eu já lhe expliquei, as fotos são chamadas de cópias ou ampliações.

- Que confusão! Eu não quero cópias: eu só quero os originais. E que história é essa de não saber quanto eu vou pagar? O filme tem 24 fotos...

- Certo, meu senhor, mas é que às vezes algumas poses não saem, ou saem muito escuras e não são cobradas, outras vezes saem mais poses do que a quantidade que o filme indica...

- Não no meu filme, eu não tirei foto com pose. São fotos do meu cachorro Lalau e ele não fez pose nenhuma! Imagina só...

- O senhor não está entendendo: quando eu falo pose, eu quero dizer exposição.

- Também não tem. Essas fotos são do meu cachorro, lá do sítio e ele não foi para nenhuma exposição, moça, ele é vira-lata!

- Eu vou tentar lhe explicar melhor: é chamada de exposição, cada um dos fotogramas do filme. Cada quadro do filme...

- Chiii!!! Agora complicou... Você tem cada nome: cópia, ampliação, quadro, exposição e esse outro agora, como é? Fotograma?...

- Fotograma! É, o senhor tem razão. Às vezes, até eu que trabalho com fotografia, acabo me confundindo.

- Tá certo moça, eu volto mais tarde para pegar as fotos. Tomara que a exposição de cada pose tenha se revelado numa boa cópia.

APENAS A LÍNGUA PORTUGUESA NOS PERMITE ESCREVER ISSO...

Pedro Paulo Pereira Pinto, pequeno pintor português, pintava portas, paredes, portais. Porém, pediu para parar porque preferiu pintar panfletos.

Partindo para Piracicaba, pintou prateleiras para poder progredir. Posteriormente, partiu para Pirapora. Pernoitando, prosseguiu para Paranavaí, pois pretendia praticar pinturas para pessoas pobres. Porém, pouco praticou, porque Padre Paulo pediu para pintar panelas, porém posteriormente pintou pratos para poder pagar promessas. Pálido, porém personalizado, preferiu partir para Portugal para pedir permissão para papai para permanecer praticando pinturas, preferindo, portanto, Paris.

Partindo para Paris, passou pelos Pirineus, pois pretendia pintá-los.
Pareciam plácidos, porém, pesaroso, percebeu penhascos pedregosos, preferindo pintá-los parcialmente, pois perigosas pedras pareciam precipitar-se principalmente pelo Pico, porque pastores passavam pelas picadas para pedirem pousada, provocando provavelmente pequenas perfurações, pois, pelo passo percorriam, permanentemente, possantes potrancas. Pisando Paris, permissão para pintar palácios pomposos, procurando pontos pitorescos, pois, para pintar pobreza, precisaria percorrer pontos perigosos, pestilentos, perniciosos, preferindo Pedro Paulo precaver-se. Profundas privações passou Pedro Paulo. Pensava poder prosseguir pintando, porém, pretas previsões passavam pelo pensamento, provocando profundos pesares, principalmente por pretender partir prontamente para Portugal.

Povo previdente! Pensava Pedro Paulo... Preciso partir para Portugal porque pedem para prestigiar patrícios, pintando principais portos portugueses. -Paris! Paris! Proferiu Pedro Paulo.

- Parto, porém penso pintá-la permanentemente, pois pretendo progredir.

Pisando Portugal, Pedro Paulo procurou pelos pais, porém, Papai Procópio partira para Província. Pedindo provisões, partiu prontamente, pois precisava pedir permissão para Papai Procópio para prosseguir praticando pinturas. Profundamente pálido, perfez percurso percorrido pelo pai.

Pedindo permissão, penetrou pelo portão principal. Porém, Papai Procópio puxando-o pelo pescoço proferiu: Pediste permissão para praticar pintura, porém, praticando, pintas pior. Primo Pinduca pintou perfeitamente prima Petúnia. Porque pintas porcarias?

Papai, proferiu Pedro Paulo, pinto porque permitiste, porém, preferindo, poderei procurar profissão própria para poder provar perseverança, pois pretendo permanecer por Portugal. Pegando Pedro Paulo pelo pulso, penetrou pelo patamar, procurando pelos pertences, partiu prontamente, pois pretendia pôr Pedro Paulo para praticar profissão perfeita: pedreiro! Passando pela ponte precisaram pescar para poderem prosseguir peregrinando.

Primeiro, pegaram peixes pequenos, porém, passando pouco prazo, pegaram pacus, piaparas, pirarucus. Partindo pela picada próxima, pois pretendiam pernoitar pertinho, para procurar primo Péricles primeiro. Pisando por pedras pontudas, Papai Procópio procurou Péricles, primo próximo, pedreiro profissional perfeito.

Poucas palavras proferiram, porém prometeu pagar pequena parcela para Péricles profissionalizar Pedro Paulo. Primeiramente Pedro Paulo pegava pedras, porém, Péricles pediu-lhe para pintar prédios, pois precisava pagar pintores práticos. Particularmente Pedro Paulo preferia pintar prédios.

Pereceu pintando prédios para Péricles, pois precipitou-se pelas paredes pintadas. Pobre Pedro Paul, pereceu pintando...

Permita-me, pois, pedir perdão pela paciência, pois pretendo parar para pensar... Para parar preciso pensar. Pensei. Portanto, pronto pararei.

Comunicar é: decifrar...



3M UM D14 D3 V3R40, 3574V4 N4 PR414, 0853RV4ND0 DU45 CR14NC45 8R1NC4ND0 N4 4R314. 3L45 7R484LH4V4M MU170 C0N57RU1ND0 UM C4573L0 D3 4R314, C0M 70RR35, P4554R3L45 3 P4554G3NS 1N73RN45. QU4ND0 3575V4M QU453 4C484ND0, V310 UM4 0ND4 3 D357RU1U 7UD0, R3DU21ND0 0 C4573L0 4 UM M0N73 D3 4R314 3 35PUM4. 4CH31 QU3, D3P015 D3 74N70 35F0RC0 3 CU1D4D0, 45 CR14NC45 C41R14M N0 CH0R0, C0RR3R4M P3L4 PR414, FUG1ND0 D4 4GU4, R1ND0 D3 M405 D4D45 3 C0M3C4R4M 4 C0N57RU1R 0U7R0 C4573L0. C0MPR33ND1 QU3 H4V14 4PR3ND1D0 UM4 GR4ND3 L1C40: G4574M05 MU170 73MP0 D4 N0554 V1D4 C0N57RU1ND0 4LGUM4 C0154 3, M415 C3D0 0U M415 74RD3, UM4 0ND4 P0D3R4 V1R 3 D357RU1R 7UD0 0 QU3 L3V4M05 74N70 73MP0 P4R4 C0N57RU1R. M45 QU4ND0 1550 4C0N73C3R, 50M3N73 4QU3L3 QU3 73M 45 M405 D3 4LGU3M P4R4 53GUR4R, 53R4 C4P42 D3 50RR1R! S0 0 QU3 P3RM4N3C3 3 4 4M124D3, 0 4M0R 3 C4R1NH0. 0 R3570 3 F3170 4R314.
Entendeu? Não? Sim?
Gostou? Sim? Não?
Então opine aqui em baixo ó...

Férias



Engraçado como a gente se sente em relação às férias, sempre quando está chegando o fim do semestre a ansiedade nos toma(alguns mais do que outros), não aguentamos mais a rotina de estudos, trabalhos, provas...Ufa! Como isso cansa, mas elas estão chegando: AS FÉRIAS! Enfim o merecido descanso, então nos esbaldamos, são viagens, festas, vamos dormir às 4 da manhã e só acordamos às 10:00 (quem sabe às 11:00), afinal “não tô fazendo nada mesmo.”

Mas nem todo mundo fica só na manha nesse período. Tem gente que aproveita para entrar em forma, começar uma dieta, colocar a leitura em dia e até se especializar. Uma dica legal é procurar alguns cursos rápidos que sempre tem nessa época, e se forem na mesma área da nossa formação vale até como horas de atividade complementares.
Mas no final das férias já fica tudo muito chato, e a gente (eu, nesse caso) fica doido para voltar à correria.
Toda essa minha conversa mole é só pra dizer que eu estava morrendo de saudades... Saudade dos colegas, das farras com a galera, das paqueras dos corredores, e acreditem, até dos professores (na boa mestres, rsrsrs).
Então as aulas voltam e começa tudo outra vez, trabalhos, resenhas, provas. E a gente recomeça a reclamar que as férias não chegam nunca. Ô “serzinho” insatisfeito é o tal do aluno.
Enfim, conformemos e mãos a obra pois férias agora, vão demorar meu povo!

*Texto publicado originalmente no blog www.comunicacaolivre.blogspot.com

DO BOM E DO MELHOR(Leila Ferreira)

DO BOM E DO MELHOR(Leila Ferreira)



Estamos obcecados com "o melhor". Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do "melhor".



Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.



Bom não basta.



O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com "o melhor".



Isso até que outro "melhor" apareça - e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer. Novas marcas surgem a todo instante.



Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.



O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego.



Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter. Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos.



Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros!...) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.



Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente. Se não dirijo a140, preciso realmente de um carro com tanta potência?



Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa? E aquela TV de não sei quantas polegadas que acaboucom o espaço do meu quarto?



O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o "melhor chef"'?



Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro? O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo "melhor cabeleireiro"?



Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixado ansiosos e nos impedido de desfrutar o "bom" que já temos.



A casa que é pequena, mas nos acolhe.



O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria. A TV que está velha, mas nunca deu defeito.



O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens "perfeitos".



As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar a chance de estar perto de quem amo.



O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.



O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.



Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso? Ou será que isso já é o melhor e na busca do "melhor" a gente nem percebeu?...

Declaração livre dos direitos das pessoas desobrigadas da felicidade constante.





I - Toda pessoa tem o direito de errar, mesmo que já tenham explicado a ela mil vezes o certo sem que ela tenha entendido,
pois o tempo de compreender e aprender é de cada um.

II - Toda pessoa tem o direito de mudar de ideia, de se contradizer, de voltar atrás, de recomeçar, pois a melhor coisa da vida
é mudar, principalmente nas coisas que a gente pensava serem imutáveis.

III - Toda pessoa tem o direito de chorar, de sentir dor, de soluçar e de ficar com ar melancólico, pois o riso, muitas vezes,
é falso, enganador e insano.

IV - Toda pessoa tem o direito de fazer silêncio, de calar, de não responder, de ficar quieta e não sair tagarelando,
pois no silêncio estão as melhores respostas.

V - Toda pessoa tem o direito de se cansar e de ficar doente, pois o corpo, muito mais sábio que a mente, não é de ferro
e sabe sinalizar a hora de parar.


VI - Toda pessoa tem o direito de enraivecer, de xingar, de esmurrar as paredes, de jogar coisas no chão, de gritar.
Pois, como disse aquele poeta, tem coisas que só o grito consegue dizer.

VII - Toda pessoa tem o direito de perder, pois só quem perde sabe o quão inesquecível e instrutiva pode ser uma derrota.
VIII - Toda pessoa tem o direito de se dar mal nos negócios, de não conseguir lidar com dinheiro, de não querer ser rico,
pois quem tem muito normalmente esquece como é viver com pouco.


IX - Toda pessoa tem o direito de ter medo, pois o medo é um bom anjo da guarda.

X - Toda pessoa tem o direito de duvidar, de perder a fé e de achar que tudo vai dar errado, pois às vezes, tudo dá
errado mesmo e não é culpa de ninguém.


XI - Toda pessoa tem o direito de não saber, pois quem já sabe tudo perde o motivo de viver.


XII - Toda pessoa tem o direito de falar bobagem, pois nem sempre é legal ser inteligente.


XIII - Toda pessoa tem o direito de se esconder, pois todo refúgio é recuperador.

XIV - Toda pessoa tem o direito de se achar o camarada mais ferrado do mundo, pois o problema de cada um é o pior do
mundo para cada um.


XV - Toda pessoa tem o direito de reclamar, pois externar o descontentamento ajuda a gente a pensar sobre ele.

XVI - Toda pessoa tem o direito de desperdiçar uma boa chance, pois mesmo as boas chances, muitas vezes, não chegam em boas
horas.

XVII - Toda pessoa tem o direito de não ser feliz incondicionalmente o tempo todo, pois a infelicidade faz parte da vida.
E é mais feliz quem sabe lidar com ela do que quem a ignora.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Sempre quiz...

Sempre quis ser escritora... na época da escola lia livrinhos de romances infato juvenis e mudava os finais que não gostava, escrevia poesias (não era aqueles versinhos tipo “ Se amar é viver vivo porque amo você” não!) Eram versos mesmos, que falavam das angustias, medos e dores de adolescente. Coisas sem sentido hoje, mas que aos 13 anos eram casos de vida ou morte. Alguns exemplos: passar na prova de matemática, dar um jeito de cabular as aulas de educação física sem ficar de recuperação (eu era sempre zero em qualquer esporte com bola kkk); conseguir que o garoto da fileira da frente (um mala, hoje eu vejo) me olhasse..... Há, na quinta série também tinha uma mania que toda a adolescente tem (não ria hein), encher 100 páginas de Dany e fulano de tal se amam. Todas as minhas amigas também faziam e quase sempre os Fulanos de Tal nem sabiam quem a gente era....
Mas enfim, voltemos ao que eu sempre quis. Sempre quis ser escritora e hoje penso se um dia chegarei a ser. Hoje não escrevo mais como antes, quando eu voava alto, tirava os pés do chão e sonhava... Hoje ainda tenho vários sonhos, só não tenho tempo de escrever sobre eles, tenho que escrever sobre problemas sociais, reciclagem de lixo, despoluição, Copa do Mundo, o neto que matou a avó por R$150 para cheirar, política (e quase ficou doida com essa política podre de Brasília. Quem é mesmo o novo presidente da câmara legislativa?) Ufa! Isso tudo só pela manhã, a tarde é exercício, trabalho, pesquisa, passagem, off, diagramação, assessoria, e mais política. Estudar, estudar, estudar.... Cadê o tempo de sonhar?

Sempre quis ser escritora, hoje sou só sonhadora.... quando dá tempo.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Crônica da Cidade

Antônio Penteado Mendonça


No meio da tragédia representada pelas chuvas que castigam o país, vale ver que o brasileiro ainda é capaz de gestos largos, despendidos e profundamente humanos. Ao contrário da demagogia dos políticos que de panetone ao terremoto do Haiti, usam tudo para enganar o próximo o cidadão comum; anônimo e sem querer câmara ou alarde na hora do aperto está ali colocando a própria vida em risco para auxiliar o próximo.
É belo ver as cenas gravadas por câmeras amadoras mostrando essas pessoas se atirarem na correnteza infernal da rua transformada em rio para ajudar uma mulher presa dentro de um carro, outra arrastada pela enxurrada ou retirar uma criança que ficou presa dentre de casa ameaçada de desmoronamento. Nenhum espera vantagem. A ação, humana, encontra respaldo na história a da espécie, na solidariedade atávica, que permitiu ao grupo e seus integrantes evoluírem e melhorar suas condições de vida.
Ver o sorriso abrindo, a expressão até ali marcada pela angústia, pela dor e pelo sofrimento, nos faz sentir melhor. Nos faz parte de uma espécie única que num momento de maior risco, num instante da grande ameaça, se une, se funde numa massa sólida disposta a não entregar os pontos, a não se deixar vencer pela adversidade. E o elogio vale para os bombeiros e policias que se arriscam por dever do ofício, mas que nem por isso deixam de fazer sua parte com abnegação, dedicação e o orgulho do dever cumprido. Ainda bem que esse é o Brasil verdadeiro. É do fundo dele que vamos arrancar um país melhor.


(Antônio Penteado Mendonça na Rádio Eldorado, 08/02/2010)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Esperança - conotativo

Esperança

Mário Quintana


Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

extraído do livro "Nova Antologia Poética", Editora Globo - São Paulo, 1998, pág. 118.

Esperança - denotativo

esperança
(esperar + -ança)

s. f.1. Disposição do espírito que induz a esperar que uma coisa se há-de!há de realizar ou suceder.
2. Expectativa.
3. Coisa que se espera.
4. Confiança.
5. Relig. Uma das virtudes teologais.
6. Dar esperanças: estar prometedor, animar com esperanças.
7. Estar ou andar de esperança: estar no período de gravidez (só se diz da mulher)

esperançar - Conjugar

v. tr.1. Dar esperanças a.
v. pron.2. Conceber esperanças; confiar.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Os habitantes de StiltsVille - As Cidades da estacas (Max Lucado)

Talvez você não saiba,
ou talvez sim,
Sobre o vilarejo de Stiville,
(estranho mas é verdade)

Onde pessoas como nós,
Algumas baixas, algumas altas,
Com empregos e filhos
E relógios na parede

Ficam de olho na hora.
Pois cada noite às seis,
Eles se encontram na praça
Por causa de estacas,

Altas e na quais
Os habitantes podem confiar
E se elevar acima
Daqueles no chão:

Os que são menos.
A Tribo dos Pequenos,
Os chatos e os que não têm
Que querem ser altos

Mas não pode, porque
Na distribuição das estacas,
Seu nome não foi chamado.
Eles não foram escolhidos.

No entanto eles vêm
Quando os habitantes e reúnem;
Eles se amontoam na frente
Para ver se têm importância

Para a panelinha dos legais,
A corte de grande influência,
Que decide quem é especial
E declara com um grito,

"Você tem classe!" "Você é bonito!"
"Você é inteligente" ou "Engrado!"
e dão um prêmio,
não de medalhas ou dinheiro,

não uma torta fresquinha
ou uma casa que alguém construiu,
mas o mais estranho dos presente -
algumas estacas.

Subir é sua missão,
Ir para o alto é seu objetivo
"Eleve sua posição"
é o nome de seu jogo.

Os que estão no alto em Stiltsville
(você já sabe se já tiver estado lá)
fazem a maior comoção
da doçura do ar rarefeito.

Eles saboreiam a chance
Em seus altos aparatos
De se exibir suas estacas,
o status definitivo.

Pois a vida não é melhor
Quanto vista de cima?
A não ser que você tropece
E de repente não tenha mais

certezaa de onde se encontra.
Você se balança e depois se inclina.
"Cuidado aí embaaaaaaaaaaaaaaaaaaaixo!"
e cai imediatamente

nos Pequenos,
a gentalha da Terra.
Você aterrissa no seu orgulho -
E, nossa, como dói

quando a polícia chique,
na rejeição das rejeições,
não oferece ajuda,
e em vez disso toma suas estacas.

"Quem lhe fez rei?"
você começa a reclamar
mas então nota a hora
e para de reclamar.

São quase seis horas!
Não dá tempo para conversa fiada.
De volta à multidão
para ver se você tem importância.

Continua...
Sabe porque Ele amo a tanto você? Pelo mesmo motivo pelo qual o artista ama seus quadros ou o construtor de barcos ama seus barcos. Você é ideia dEle - na verdade, a Sua maior ideia. "Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos" (Efésios 2:10).


Os habitantes de Stiltsville ainda se reúnem,
E as multidões ainda clamam,
Mas mais pessoas se afastam.
Elas parecem menos encantadas

desde que o Carpinteiro veio
e se recusou a ficar sobre estacas.
Escolheu ficar embaixo ao invès de no alto.
consertou o sistema.

" Você já é importante".
ele explicou para a cidade.
"Acredite em mim.
Fique com os pés no chão."


Texto do livro Sem Medo de viver de Max Lucado.